sábado, 6 de novembro de 2010

Sabe,

eu chupei chupeta até os onze anos. Eu adorava sentir o gosto da borracha, embora não tivesse gosto nenhum. Minha mãe já estava ficando desesperada procurando uma forma de fazer com que eu largasse minha amiga inseparável. Já tinha jogado no lixo, escondido, passado pimenta, tentado substituir por outras coisas, mas nada adiantava. Até que um dia, ela me explicou que eu já estava me tornando uma mocinha e não precisava mais daquilo. Eu entendi e larguei a coisinha de borracha para sempre. Antes eu não podia viver sem ela e a partir daquela conversa eu percebi que aquilo já não se encaixava na minha vida. E assim acontece com muitas coisas e inclusive com muitas pessoas. É engraçado e talvez triste ver que muitas pessoas que passaram pela minha vida e já foram especiais pra mim um dia até me fizeram acreditar que não conseguiria viver sem elas hoje são completamente indiferentes pra mim. Crescemos, mudamos, amadurecemos, fomos seguindo rumos diferente e hoje essas pessoas simplismente já não se encaixam na minha vida. Com o tempo aprendemos que o tal “pra sempre” não existe mesmo e que não precisamos de outra pessoa para sermos felizes e encontrarmos sentido em viver. Pois percebemos que o que muitas vezes procuramos no outro está dentro de nós mesmos.

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