domingo, 10 de outubro de 2010

Um alguém muito especial

E um dos poucos caras que eu conheci me encantou de verdade. É, vai além de admiração, mas calma, não é amor. Nos conhecemos por acaso. Certo dia eu dava uma olhada descompromissada nos álbuns do orkut da amiga de uma amiga minha, quando entre tantas fotos, uma me chamou atenção. Lá estava ele, com seus olhos claros e uma beleza talvez comum, mas que despertou meu interesse. Queria conhecê-lo melhor e isso me levou a adicioná-lo. O interesse era bem "físico" mesmo, no início, embora tivesse certeza que algo assim era impossível, sei lá porque. Estava me subestimando ou talvez só estava sendo realista. Depois de tantas conversas, percebi então que ele era muito mais que um rostinho bonito. Um cara diferente. Diferente dos príncipes encantados que eu já tinha conhecido e que apesar de suas tantas qualidades, não me despertaram nada além de admiração e diferente também dos tipos que tem por aí, que tratam as mulheres como objetos descartáveis. Ele é difícil de descrever. Às vezes me assusta com o toque de frieza em algumas de suas palavras e me surpreende com a sua doçura e maturidade. Não sei se ele me considera da mesma forma, mas eu o considero meu amigo, apesar de nossa amizade ser quase que completamente virtual. Mas isso é o que menos importa. Ele sempre está comigo, embora nunca esteja, de corpo presente. Ele sempre me ouve e sempre me ajuda, embora nunca tenha me dito "conta comigo sempre", mas isso também não importa, pois com muitas das pessoas que já me disseram tais palavras um dia eu nunca pude contar de verdade. Me sinto bem contando a ele o porquê de quando não estou bem e ao mesmo tempo idiota por fazê-lo, pois meus motivos são sempre os menores e mais banais possíveis, talvez por achar que isso possa passar a ideia de que eu seja uma menininha mimada, que reclama dos seus probleminhas medíocres, sem razões nenhuma pra isso enquanto as pessoas ao seu redor passam por coisas piores e continuam fingindo ser as pessoas mais felizes do mundo. Me alegro quando ele vem falar comigo e quando me elogia. Embora eu odeie ser elogiada, quando ele faz isso, eu fico imensamente feliz, de uma forma que não sei explicar. Ele não faz isso com frequência e talvez por isso suas palavras pareçam tão sinceras. Eu me divirto quando me conta suas experiências engraçadas. Ele diz que vai casar comigo, brincadeirinha nossa, mas às vezes parece muito sério. E eu bem que gostaria que fosse. Sinto que ele confia em mim, embora pareça não confiar em ninguém. Deve ter razões pra isso. Ele me conta das garotas, todas aparentemente lindas, mas só aparentemente. Cabeça fraca, mente vazia. E eu não sinto ciúmes e nem posse. E por que haveria de sentir? Somos pra sempre. Isso é amor? Não, acho que não. Seria ridículo. Não poderia haver amor entre duas pessoas que se conhecem tão pouco embora se conheçam tanto. Entre duas pessoas que se falam de vez em quando, pela internet, sem compromisso nenhum. Ou poderia? Bom, é isso que EU sinto. Talvez ele nem saiba de todas essas coisas e seja melhor assim. Ele poderia achar bizarro tudo isso. Pois é, eu também acho, poxa. Eu o considero muito, mas acho que não chega a ser amor. Não há desejo físico embora ele seja extremamente lindo e me encante muito. É algo diferente. Algo que me faz bem. Algo sem cobranças, sem espera, sem compromisso.

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